aterro sanitário

As diferenças entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário

Ecossistemas e desenvolvimento

Ao observar As diferenças entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário, é possível entender como a destinação correta dos resíduos influencia diretamente no meio ambiente e na qualidade de vida da população. Em casa ou no trabalho, muitas pessoas não percebem a quantidade de lixo que geram diariamente, tampouco refletem sobre sua destinação e os impactos que podem causar.

As diferenças entre lixão

Estima-se que o Brasil produz cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, o que corresponde a aproximadamente 220 mil toneladas por dia ou mais de 394 kg por habitante ao ano. Isso significa que cada pessoa gera, em média, mais de 1 kg de lixo diariamente.

Segundo o IBGE, cerca de 2,5 mil lixões a céu aberto ainda existiam no Brasil em 2023. Somados aos aterros controlados, representam 36% das formas de deposição final, enquanto 64% correspondem aos aterros sanitários. Como lixões e aterros controlados são inadequados, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos prevê sua eliminação, embora especialistas considerem difícil atingir esse objetivo em tão pouco tempo.

A seguir, entenda com detalhes As diferenças entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário, suas características e seus riscos.

Lixão

O que é um lixão

O lixão consiste na deposição de resíduos a céu aberto, sem qualquer tipo de proteção ou tratamento. Geralmente localizado em áreas afastadas das regiões centrais, permanece acessível a qualquer pessoa, o que representa grande risco sanitário.

Riscos à saúde

Por falta de controle, pessoas acabam entrando nesses locais para buscar materiais recicláveis, expondo-se a doenças como:

  • cólera
  • leptospirose
  • disenteria
  • febre tifoide

Impactos ambientais

Os lixões geram problemas graves, como:

  • emissão de dióxido de carbono e metano, gases altamente nocivos ao clima;
  • formação do chorume, líquido tóxico que infiltra no solo e contamina o lençol freático;
  • proliferação de animais transmissores de doenças.

Aterro Controlado

Como funciona

O aterro controlado é uma forma intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Apesar de ser menos prejudicial que o lixão, ainda é considerado inadequado.

Características principais

  • Não possui impermeabilização do solo.
  • Os resíduos são cobertos apenas com uma fina camada de terra, como grama ou argila.
  • Reduz o contato de animais e pessoas com o lixo.
  • Não impede a emissão de gases do efeito estufa.

Limitações

Mesmo com uma aparência mais organizada, o aterro controlado não resolve a infiltração do chorume, não coleta gases e não impede a contaminação ambiental.

Aterro Sanitário

O que diferencia dos demais

O aterro sanitário é o método mais adequado de destinação final de resíduos, pois segue diretrizes de engenharia e normas ambientais.

Estrutura e funcionamento

  • Solo nivelado e impermeabilizado com argila e mantas de PVC.
  • Cobertura de resíduos com terra.
  • Sistema de drenagem para coletar o chorume, direcionando-o a tratamento adequado.
  • Coleta e queima dos gases resultantes da decomposição.

Manutenção e monitoramento

A área deve receber monitoramento contínuo, incluindo:

  • análises de água em poços próximos;
  • verificação de contaminação do solo;
  • controle da emissão de gases.

Após encerrado, o aterro continua exigindo cuidados para evitar impactos ambientais ao longo dos anos.

Dúvidas Comuns

Por que os lixões ainda existem?

A falta de recursos, planejamento e gestão municipal faz com que muitos municípios ainda não tenham aderido totalmente aos aterros sanitários.

O aterro controlado é seguro?

Não. Apesar de reduzir o contato direto com os resíduos, ele não impede danos ambientais significativos.

O aterro sanitário é suficiente para resolver o problema do lixo?

É a forma mais segura de destinação final, mas deve ser combinada com reciclagem, compostagem e redução do consumo.

Os aterros sanitários podem causar poluição?

Quando construídos e monitorados corretamente, possuem baixo risco. O problema ocorre quando o município negligencia a manutenção.

Por que a eliminação dos lixões é tão difícil?

Além de custo elevado, muitos municípios não possuem equipes especializadas ou infraestrutura adequada.

Conclusão

Ao compreender As diferenças entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário, fica claro que o destino adequado dos resíduos é essencial para um futuro sustentável. Embora a erradicação dos lixões em um curto espaço de tempo seja improvável, é fundamental que a sociedade cobre ações do poder público e adote práticas conscientes no seu dia a dia. Com planejamento, fiscalização e comprometimento coletivo, é possível avançar rumo a um Brasil mais eficiente, limpo e comprometido com o meio ambiente.

Qual é a principal diferença entre lixão e aterro sanitário?

O lixão é totalmente desprotegido, enquanto o aterro sanitário possui engenharia adequada, impermeabilização e tratamento de gases e chorume.

O lixão sempre causa contaminação do solo?

Sim. Como não há barreiras protetoras, o chorume infiltra diretamente no solo.

O aterro controlado é considerado uma solução temporária?

Sim. Ele reduz alguns riscos, mas ainda não atende às exigências ambientais.

O aterro sanitário elimina 100% dos riscos ambientais?

Não, mas minimiza drasticamente os riscos quando operado de forma adequada.

Quem fiscaliza os aterros sanitários no Brasil?

Órgãos ambientais estaduais e municipais, com base nas diretrizes federais.

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