Não somente o Brasil, mas todo o mundo busca por processos que podem fazer a diferença no que diz respeito a reciclagem em geral. Entretanto, infelizmente o nosso país não é um grande exemplo em relação ao tema.
De todo modo, aqui em nosso site já falamos a respeito a importância da reciclagem e os benefícios que a mesma pode trazer. Inclusive, temos uma matéria específica decorrendo sobre o assunto. Clique neste link para ser encaminhado para o conteúdo.
Conforme um levantamento da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), o Brasil recicla somente 4% do lixo gerado. Isto, a partir de dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS) em 2023. Além disso, a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), que confirma esta porcentagem reciclada dita, também nos informa que aproximadamente 80 milhões de toneladas de resíduos são gerados anualmente no país.
Vale ressaltar que no primeiro semestre de 2024, foram compradas para o Brasil cerca de 103 mil toneladas de restos de materiais, segundo o painel Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O gasto com materiais vindos de fora foi de aproximadamente $146 milhões de dólares, somente entre janeiro e junho deste ano. Em 2023, a quantidade importada foi cerca de 260 mil toneladas, no qual o custo chegou a aproximadamente $390 milhões de dólares.
Portanto, se houvesse uma boa gestão destes resíduos, além de cooperarmos com a eficiência do planeta, ainda economizaríamos muito dinheiro. Segundo o diretor-executivo da Atmos (Amosfera de Estudos e Pesquisas Ambientais), ainda não existe um sistema estruturado de reciclagem no Brasil que seja suficiente para atender a demanda de resíduos.
As taxas de reciclagem
Latas de alumínio:
Há 3 anos, já tínhamos ótimos números em relação à porcentagem de latas de alumínio recicladas. Eram 98,7% e naquele momento, este era o maior volume da história. Entretanto, no ano seguinte, registramos o verdadeiro maior número da história, onde alcançamos a marca de 100% de reciclagem em cima de tudo o que foi produzido.
Este resultado é um recorde histórico e faz com que o Brasil seja uma referência internacional nesse quesito.
Papel:
Apesar de estarmos longe dos 100%, o Brasil é um dos principais contribuintes para a reciclagem de papel. São 66,9% de material recuperado, isto segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).
Contudo, em peso isso representa aproximadamente 50 milhões de toneladas coletadas e levadas posteriormente para a reciclagem.
Vidro:
Apesar de ser um material 100% reciclado, infelizmente o Brasil não reutiliza o vidro tanto quanto poderia, utilizando apenas 25,8% da sua produção.
Segundo a Abividro (Associação Brasileira das Indústrias de Vidro), as indústrias produzem mais de 1 milhão de toneladas anualmente no Brasil. O país movimenta cerca de 120 milhões de reais somente com esse material.
Latas de aço:
Segundo os dados que a Abeaço (Associação Brasileira de Embalagem de Aço) divulgou, a porcentagem de latas recicladas no Brasil foi de 47,1%, levando em consideração todas que os consumidores usaram.
Todavia, isto refere-se a 200 mil toneladas de aço que as empresas transportaram para o processo de reciclagem e, por consequência, transformaram e reutilizaram.
Plástico:
Segundo um estudo realizado, o Brasil reciclou cerca de 25,6% do plástico produzido em 2022. Logicamente, é uma porcentagem muito abaixo do que gostaríamos.
Porém, a partir de 2018 houve uma grande crescente e isso é animador. Espera-se que seja contínuo e esta porcentagem aumente expressivamente. Além disso, houve um acréscimo de 42,6% no faturamento por tonelada produzida.
Embalagens longa vida:
Segundo a CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem), a porcentagem de reciclagem referente a estas embalagens corresponde à 35,9% de toda a sua produção. Elas são totalmente recicláveis e feitas de camadas de papel, polietileno de baixa densidade e alumínio.
Contudo, os materiais utilizados em sua produção são provenientes de recursos renováveis, consequentemente contribuindo para a eficiência do nosso planeta.